N’A casa sonolenta
todos viviam dormindo: a avó, o menino, o cachorro, o gato... As imagens
escuras combinam com o tempo nublado e a cama convida à preguiça, como aqueles
dias de inverno quando tudo o que queremos é dormir. Até que surge neste quarto
aconchegante, dessa casa sonolenta, uma... pulga! Uma pulga acordada, numa casa
sonolenta! Está feita a bagunça! Em ritmo alucinante uma pequena pulguinha vira
de pernas para o ar a vida organizada e monótona dessa família. O sol, que
aparece à janela, convida o leitor a brincar. Tiago costuma acompanhar a
história atento e é uma delícia quando erro a ordem e coloco o rato antes do
cachorro ou quando, de propósito, digo uma cama bagunçada numa casa acordada.
Ele fica bravo e diz “Você não sabe, mamãe? É assim” e recita a estória direitinho.
A Bruxa Salomé conta
as artimanhas da dita cuja contra uma pobre mãe e seus sete filhos:
segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e
domingo. A história é perfeita: tem suspense, tem aventura, tem tristeza e as famosas
repetições que prendem o pequeno leitor. As ilustrações dão medo no encontro
com a bruxa, emocionam com a dor da mãe e celebram o reencontro da família. Meu
filho tem raiva da Salomé e sempre espera ansioso pelo momento em que a mamãe revela-se,
soberana, para a bruxa. A ilustração desse trecho é impressionante: uma mãe
altiva e uma bruxa pequenina de medo, diante da braveza da mulher.
Há muitos títulos bacanas, com os quais a criança ri,
identifica-se, brinca. Os porquinhos, perfeitos para cócegas em bebês; o rei
que está na banheira e não quer sair; o garoto que é rápido como um gafanhoto e
lento como um caracol; o menino e sua palavra feia... Os Wood são desses autores que
não podem faltar na primeira biblioteca do pequeno leitor.
Adorei, querida, vou recomendar para as amigas que gostam de ler com seus filhos, parabéns, está muito bonito!
ResponderExcluirObrigada, Alex! Sabe que você e seu blog lindo me inspiraram?
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