sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Nosso amigo, Harry Potter!

Aviso aos navegantes: a autora desse blog é Potterhead e já leu a saga quatro vezes, então se você espera uma análise do fenômeno Harry Potter, veio ao lugar errado. O que a gente ama a gente não explica. Dito isso podemos continuar.

Meu primeiro Harry Potter foi em espanhol, presente que uma grande amiga trouxe de sua viagem pelo Caminho de Santiago (só isso já é um sinal, não é mesmo?), antes de sair o livro em português e antes da febre que se seguiu. Fui imediatamente fisgada pelo universo mágico de Hogwarts e pela humanidade presente no Harry. Foi uma paixão tão intensa, que precisei arrebatar novos leitores, com quem poderia curtir e discutir passagens prediletas. As vítimas foram minha mãe e meu mais que irmão Welton. Depois surgiram os amigos que fui encontrando pelo caminho: Mariana, Ana Carol, Helen, Kelly. Relação mais forte que essa com um livro/personagem só se for O tempo e O vento, mas aí já é outra história...

Tiago assistiu a todos os filmes e sabe trechos de cor. Sua parte predileta? Belatrix, má que só, diz para o Dobby: "como ousa roubar a varinha de uma bruxa?!". Ele costuma brincar de Harry Potter e recitar esse trecho. E tem duas baquetas que chama de varinhas. Uma pra ele e uma pra quem está junto, porque duelo de varinhas tem que ser com duas, né?

Nas férias de julho ele começou a ficar bastante ansioso pela cura das minhas vistas operadas e um dia me disse que ele é que iria escolher o novo livro de capítulos. Escolheu Harry Potter e a Pedra Filosofal, porque, segundo ele, se o filme já é bom, o livro deve ser muito mais radical! Nem preciso dizer o quanto adorei sua escolha, né? Fiquei surpresa, porque ele já conhecia a história pelos filmes. Confesso que achei que ia ter que insistir para ele ler os livros. Começamos a ler em setembro e estamos quase no final. Ele adorou o Pirraça, se emocionou com Hagrid e o dragãozinho e já falou que o próximo vai ser Harry Potter e a Câmara Secreta, porque ele ama o Dobby de paixão. Esperto esse filho...

Algo que me surpreende a cada leitura é a importância que a autora dá à amizade, ao fato de se ter amigos. O livro, pra mim, é um grande tratado sobre isso. Sobre como somos transformados pelo outro. Sobre como precisamos do outro pra sermos quem somos. Sobre como podemos ser melhor para o outro. Talvez eu me emocione tanto porque eu também sinta, não só a necessidade da amizade, mas uma vontade incrível de estar com amigos e de ter amigos... Talvez porque o que mais me inspira no dia-a-dia seja a convivência com meus amigos...  Talvez porque entre as coisas imprescindíveis que eu queira passar ao meu filho esteja a importância de ser amigo... Por isso, talvez, é que faça tanto sentido compartilhar com o Pururu as aventuras do seu xará, Harry Tiago Potter.


   
  



sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Pequenos momentos de uma obra-prima



O BGA foi o último livro de capítulos que lemos antes da minha cirurgia da miopia, no final de maio. Depois desse livro passamos um grande período sem histórias de capítulos em casa, afinal, ler em voz alta com a vista embaçada não é a melhor coisa do mundo. 

Agora descobrimos que o livro vai virar filme. E dirigido pelo Spielberg! Tiago já falou que vamos ter que ir ao cinema pra ver se o filme vai ser bom mesmo! 


    


"O Gigante soltou uma gargalhada. - Só porque eu é um gigante, você fica achando que eu é um carnibal comedor de gente! - berrou. - Você tá é muito certa! Gigantes é tudo carnibal mesmo, tudo assassino! Eles come carne de gente sim! Aqui nós tá na Terra dos Gigantes! Gigante pra todo lado!"
- p. 32-33




" - Eu é um gigante soprador de sonhos - explicou o BGA - quando todos os outros gigantes vai galopeando pra todo lado que existe pra engololir serumanos, eu corre pros outros lados e sopra sonhos nos quartos das criancinhas adormecidas. Bons sonhos. Sonhos dourados. Sonhos que as pessoas que sonham gostam de sonhar." p. 54


"Todo mundo dá seus fizpunzinhos, se é assim que você chama - explicou Sofia. - Reis e rainhas dão fizpunzinhos. Presidentes dão fizpunzinhos. Estrelas de cinema dão fizpunizinhos. Bebezinhos dão fizpunzinhos. Mas lá de onde eu venho, não é educado falar nesse assunto.
-Ridicro! - disse o BGA. - Se todo mundo faz fizpunzinhos, por que não se pode falar no assunto?" p. 89

"- Uma noite - ele contou - eu tava soprando um sonho por uma janela quando eu viu este livro aqui na mesa de cabeceira do garotinho. Eu queria muito aquele livro, você entende? Mas eu não ia roubar. Eu não faz isso de roubar de jeito nenhum.
- Então como foi que você conseguiu o livro? - perguntou Sofia
- Eu pegou emprestado - disse o BGA, sorrindo. - Só por um pouquinho de tempo de nada.
- Há quanto tempo você está com esse livro? - quis saber a menina.
- Eu acha que só uns oitenta anos mais ou menos. Logo logo eu vai devolver." p. 150-151


"O BGA pegou a imensa jarra e bebeu um gole. - Uai! - gritou, cuspindo o líquido do outro lado do salão de baile. - Por favor, majestidade, o que é esse espécie de lavagem horrorível que eu tentou beber?
- Café - respondeu a Rainha. - E feito agora mesmo.
- É nojêntico!" p. 232-233

Simplesmente perfeito!